No Governo PSD/CDS houve uma expressão, ate então desconhecida da generalidade das pessoas – acredito, que virou escárnio: manigâncias.
As manigâncias eram os métodos, ad-hoc ou supostamente menos dignos, que a então Ministra das Finanças, Manuela Ferreira Leite, usava para tentar controlar as contas públicas. Falou-se principlanmente de duas opções de governação: venda de bens do Estado (normalmente imóveis) e da venda de créditos futuros portugueses ao Citygroup.
Curiosamente o Partido que criticava a então Ministra, o PS, escolhe uma manigância – no caso a transformação da Estradas de Portugal de EPE em SA – para arrasar com uma estratégia de anos de clarificação das contas do Estado.
Esta questão da Estradas de Portugal tem, aliás, diversas questões melindrosas: uma primeira, que vem esconder parte do défice público; a segunda, segundo o PSD, que visa criar uma falsa margem de modo a dar folga aos portugueses em 2009; e, uma terceira dimensão, que mexe com a – possível – entrega aos privados da rede rodoviária nacional (o em breve ex-Ministro das Obras Públicas já disse que o Governo não pretende privatizar as EP… nesta legislatura!).
Esta decisão do Governo do PS demonstra a total falta de estratégia para as grandes questões nacionais… ainda estou à espera que me digam quais as vantagens e desvantagens da Ota e de Alcochete; decidir uma obra pública desta dimensão com o fundamento no menor custo é uma infelicidade.
FG
domingo, 18 de novembro de 2007
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